Com a correnteza favorável da economia nos últimos anos, ter um barco que custa algumas centenas de milhares de reais, ou apenas dezenas de reais, passou a ser uma aspiração acessível — inclusive com oferta de crédito bancário e até consórcios — também para pessoas que ingressaram nos extratos mais altos da classe média, como profissionais liberais e prósperos jovens empreendedores.
 
Com a economia das nações desenvolvidas à deriva, o Brasil começou a ser visto como um porto seguro pelos estaleiros internacionais fabricantes de lanchas, que passaram a investir no país em fábricas próprias ou associações com empresas locais, produzindo assim embarcações a padrões internacionais ou até superiores, com valores acessíveis. Além do vento favorável da economia, contribuem para a tendência a extensa costa de 7,3 mil quilômetros e principalmente o fato de o Brasil ter o terceiro maior espaço de águas interiores navegáveis do globo. Para ilustrar vale lembrar que a proporção nacional é de um barco para cada 227 habitantes — incluindo até botes infláveis — enquanto nos Estados Unidos chega a um para 23 pessoas.